HISTÓRIA: SAIBA QUAL FOI INCÊNDIO CRIMINOSO MAIS MORTAL OCORRIDO NO BRASIL

503 PESSOAS MORRERAM E MAIS DE 200 FICARAM MUTILADAS

HISTÓRIA:  SAIBA QUAL FOI INCÊNDIO CRIMINOSO MAIS MORTAL OCORRIDO NO BRASIL
Era uma tarde quente em Niterói, 17 de dezembro de 1961. Instalado na Praça do Expedicionário, o Gran Circo Norte-Americano, autoproclamado maior da América Latina. Nesta tarde fatídica estava para começar o show de horrores, o pior desastre circense de toda a História, em todo o mundo e o pior incêndio do Brasil, com mais que o dobro das 189 vítimas do Joelma, em 1974, e as 242 da boate Kiss, em 2013.
O circo havia atingido sua lotação máxima. Três mil pessoas assistiam ao espetáculo. Faltando apenas 20 minutos para o fim, o pânico foi instantâneo: a lona incendiou-se ruidosamente e seus pedaços começaram a cair sobre as pessoas, que se empurraram em desespero, até que algumas delas não pudessem mais respirar no aperto.
A elefanta saiu em disparada, atropelando quem estivesse no caminho — mas abrindo uma saída, porque não havia nenhum plano de emergência. Em pouco mais de 3 minutos, a lona foi totalmente consumida pelo fogo. De imediato, 372 pessoas jaziam mortas. As outras, num total oficial de 503 vítimas, morreriam depois sem contar os quase duzentos que ficaram mutilados.
Homicídio doloso, foi a conclusão da polícia. Dois dias antes, uma figura soturna rodeava o circo. Era Adílson Marcelino Alves, mais conhecido por Dequinha. Fora um dos 50 trabalhadores que o dono, Danilo Stevanovich, havia contratado para realizar a montagem da estrutura. Tinha a ficha suja por furto e terminou demitido . Após ser barrado na entrada, Dequinha havia reunido dois comparsas — José dos Santos, o "Pardal", e Walter Rosa dos Santos, o "Bigode", — para começar sua vingança que foi simples: jogaram gasolina na lona e acenderam. O caso causou comoção mundial, com doações vindas de diversas partes do mundo.
FONTE: IHGB Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.