INTEGRANTES DO PGC SERÃO JULGADOS NESTA QUINTA EM CAÇADOR
O júri contará com esquema especial de segurança, movimentando várias viaturas da Polícia Militar e inclusive incluirá o fechamento de algumas vias, a fim de evitar um possível resgate ou fuga dos faccionados
Cinco integrantes da facção criminosa conhecida como PGC – Primeiro Grupo Catarinense, irão a júri popular nesta quinta-feira (3), em Caçador. O júri acontece na Câmara de Vereadores, a partir das 9h. O júri contará com esquema especial de segurança, movimentando várias viaturas da Polícia Militar e inclusive incluirá o fechamento de algumas vias, a fim de evitar um possível resgate ou fuga dos faccionados.
No banco dos réus, estarão Edson Souza Silveira (Edinho), Emerson Souza Silveira Mello (K2) e Gilmar Pereira de Agostinho (DG), que serão defendido pela Advogada Márcia Helena da Silva. Também estarão no banco dos réus, Fabricio Ferreira (Verruga), que será defendido pela advogada Jucemara Thibes de Campos, e o réu Luiz Diego Kraieswski, (Coringa), um dos líderes do PGC em Caçador, que será defendido pelo advogado Sandro da Silva de Oliveira.
O tribunal do júri contará ainda com dois promotores de justiça, Felipe de Oliveira Neiva e Bianca Andreghuetti Coelho, além de componentes de uma comissão especializada em júri de faccionados. O júri será presidido pelo Juiz de Direito André da Silva SIlveira.
A Polícia Militar de Caçador deve executar um sistema de segurança especial para a proteção dos que estiverem presentes no júri.
Os réus responderão por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe consistente na rivalidade entre facções criminosas, uma vez que os denunciados seriam membros do Primeiro Grupo Catarinense – PGC e a vítima, segundo apurado, teria dito ser integrante do Primeiro Comando da Capital – PCC.
O crime também é qualificado por ter ocorrido mediante dissimulação, pois atraíram a vítima até a residência de um dos denunciados sob o pretexto de que iriam adquirir drogas no local. A terceira qualificadora, é por terem agido mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, tendo em vista a grande vantagem numérica dos agressores.
Relembre o crime
No dia 6 de dezembro de 2018, entre 16h e 18h, o denunciado Fabricio Ferreira, juntamente com os demais denunciados, com a intenção de matar, atraiu a vítima, Marcelo Balvino Correia, na época com 22 anos, até a residência de Luiz Diego Kraiewski, localizada na Rua Vidal Chaves, no Bairro Santa Catarina, sob o pretexto de que iriam adquirir drogas ou algo semelhante.
Após a chegada da vítima ao local, os denunciados, com a intenção de matar, torturaram a vítima, amordaçando-a e desferindo violentos golpes, como socos, chutes e asfixia mediante o uso de um fio, causando diversos ferimentos e fraturando todos os ossos da sua face.
Por volta das 22h, do dia 6 de dezembro de 2018, os denunciados enrolaram a vítima em um colchão e a levaram até uma estrada na Linha Rio Bugre, próximo ao Espaço Bela Vista, onde atearam fogo em seu corpo, causando as lesões que foram a causa da morte da vítima.
Marcelo Balbino Correia é natural de Juazeiro do Norte, no Ceará, e estava em Caçador há pouco tempo, onde estava trabalhava como vendedor ambulante. Antes disso, ele morava em São Paulo.