MENINA CORT OU CABELO DE COLEGA E DIZ QUE CORTOU POR SER CABELO DE NEGRA

MENINA CORT OU CABELO DE COLEGA E DIZ QUE CORTOU POR SER CABELO DE NEGRA

A Polícia Civil encerrou a investigação em torno da denúncia de racismo em uma escola estadual de Pedras Grandes, no Sul catarinense, e entregou o caso nesta sexta-feira (26) ao Ministério Público e à Justiça de Santa Catarina. A apuração iniciou após a mãe da menina, que teve as tranças cortadas dentro de sala de aula, registrar um BO (boletim de ocorrência) na última terça-feira (16). Antes de procurar a delegacia, a mãe da garota, de 13 anos, havia publicando um vídeo na internet expondo a situação. Em poucas horas, o depoimento ganhou repercussão e apoio de milhares de pessoas. Na gravação, ela dá detalhes do acontecido. “A minha filha usa trancinhas e uma colega cortou as tranças dela. A minha filha virou para trás e perguntou por que ela tinha cortado e a menina falou que quis cortar e que o cabelo da minha filha era de negro e que era ruim”. Também diz que a adolescente procurou a professora, quando percebeu as tranças e a corda da máscara cortada, mas, segundo a mãe, a educadora não fez nada e a ação se repetiu. “Quando chegou no outro dia, aconteceu o mesmo incidente dentro do ônibus escolar. Minha filha chegou dentro de casa chorando desesperada, que não queria mais ir para a escola”, conta.

Após os episódios, a adolescente não quis mais frequentar as aulas. Atualmente, acompanha de maneira remota e se mudou com a mãe para Florianópolis. “Ela ainda está deprimida e acompanhando de maneira remota. Foi a opção disponibilizada pela escola de Pedras Grandes para que o ano letivo não seja prejudicado. A mãe está fazendo de tudo para que as coisas melhorem”, conta a advogada e representante legal, Alice Reis. O que diz a Secretaria de Educação Em nota, a Secretaria de Estado da Educação disse que está ciente e tomando providências em relação ao caso. Também orientou a coordenadoria regional e a equipe gestora da unidade escolar para que tomem todas as medidas administrativas e pedagógicas cabíveis diante da situação. Além disso, no comunicado, afirma que repudia qualquer conduta discriminatória ou preconceituosa e reforça que preza por um ambiente escolar inclusivo e acolhedor, trabalhando para promover uma educação básica orientada para os direitos humanos e a igualdade racial.

 

Fonte ND+